Muitos podem discordar
porém, sabe aquele momento em que você conhece alguém? Você não sabe nada sobre
a pessoa, não tem expectativas sobre ela e sente aquela ansiedade toda? Pra
mim, essa é a melhor parte de qualquer relacionamento. Aquele mistério todo,
aquela análise a cada palavra que fala para saber a reação do outro e é claro,
a curiosidade.
Não se dá para conhecer
alguém por completo apenas em uma hora mas dependendo da afinidade, parece que
já se tornaram melhores amigos apenas naquela hora.
Os dias passam e
continuamos a conversar, a cada hora que passa, mais empolgados, querendo
descobrir cada pedacinho da outra pessoa. Descobrimos coisas em comum, não em
comum, personalidade e até mesmo, uma pontinha de confiança. O que é engraçado,
é o fato de que não necessariamente é preciso que as pessoas se conheçam
pessoalmente para criar tal laço. Fato mais bizarro ainda, demonstrar
sentimentos para alguém que você nunca sentiu uma troca de olhares e nem mesmo,
um abraço. Afinal, estaríamos nos apaixonando pela pessoa ou por letras numa
tela?
Todo início é assim,
sempre alguém se apaixona primeiro mas não quer demonstrar tão rápido para não
assustar a outra pessoa e também, por não ter certeza se é paixão mesmo. A
questão toda é, quando é a hora certa de contar? Para isso é preciso descobrir
o que a outra pessoa acha, mandando mensagens ocultas ou até mesmo diretas mas
em forma de brincadeira. Acho que podemos chamar isso de "padrão de
começo".
Mas nem sempre a outra
pessoa corresponde de acordo com o que queremos, as vezes não está afim ou
existem casos excepcionais que te confundem. Como assim? Demonstra de todas as
formas que está afim mas ao mesmo tempo não dá certeza. Aquela dúvida vai te
corroendo por dentro, a incerteza e a ansiedade, são duas coisas que destroem o
ser humano. Para que fazer uma maldade tão grande em juntá-las?
Por não seguirem o
padrão, essas pessoas acabam atraindo a nossa atenção e curiosidade, se
tornando ainda mais desejáveis. E o que fazemos agora? Agora não há nada mais
do que se fazer, uma vez que se entra nesse ciclo, não há mais voltas a não
ser, seguir a corrente, sobrevivendo ou se afogando em lágrimas.
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