quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Amorizade virtual

Muitos podem discordar porém, sabe aquele momento em que você conhece alguém? Você não sabe nada sobre a pessoa, não tem expectativas sobre ela e sente aquela ansiedade toda? Pra mim, essa é a melhor parte de qualquer relacionamento. Aquele mistério todo, aquela análise a cada palavra que fala para saber a reação do outro e é claro, a curiosidade.

Não se dá para conhecer alguém por completo apenas em uma hora mas dependendo da afinidade, parece que já se tornaram melhores amigos apenas naquela hora.

Os dias passam e continuamos a conversar, a cada hora que passa, mais empolgados, querendo descobrir cada pedacinho da outra pessoa. Descobrimos coisas em comum, não em comum, personalidade e até mesmo, uma pontinha de confiança. O que é engraçado, é o fato de que não necessariamente é preciso que as pessoas se conheçam pessoalmente para criar tal laço. Fato mais bizarro ainda, demonstrar sentimentos para alguém que você nunca sentiu uma troca de olhares e nem mesmo, um abraço. Afinal, estaríamos nos apaixonando pela pessoa ou por letras numa tela?

Todo início é assim, sempre alguém se apaixona primeiro mas não quer demonstrar tão rápido para não assustar a outra pessoa e também, por não ter certeza se é paixão mesmo. A questão toda é, quando é a hora certa de contar? Para isso é preciso descobrir o que a outra pessoa acha, mandando mensagens ocultas ou até mesmo diretas mas em forma de brincadeira. Acho que podemos chamar isso de "padrão de começo".

Mas nem sempre a outra pessoa corresponde de acordo com o que queremos, as vezes não está afim ou existem casos excepcionais que te confundem. Como assim? Demonstra de todas as formas que está afim mas ao mesmo tempo não dá certeza. Aquela dúvida vai te corroendo por dentro, a incerteza e a ansiedade, são duas coisas que destroem o ser humano. Para que fazer uma maldade tão grande em juntá-las?


Por não seguirem o padrão, essas pessoas acabam atraindo a nossa atenção e curiosidade, se tornando ainda mais desejáveis. E o que fazemos agora? Agora não há nada mais do que se fazer, uma vez que se entra nesse ciclo, não há mais voltas a não ser, seguir a corrente, sobrevivendo ou se afogando em lágrimas.


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